Rio de Janeiro

Fernando de Noronha é o lugar de maior diversidade de aves marinhas do Brasil. Além destas, o arquipélago conta com dois ilustres moradores: o sebito (Vireo gracilirostris) e a cocoruta (Elaenia ridleyana), aves endêmicas de Noronha.

No entanto, apesar de toda a importância e singularidade desse arquipélago, poucas pessoas vão a Noronha com o intuito de observar aves.

Com intuito de mudar esse cenário, alguns pesquisadores se reuniram e criaram o Projeto Aves de Noronha que tem como objetivo redirecionar o olhar dos turistas e comunidade local para as aves da ilha. Com o apoio da SOS Mata Atlântica desde o início de 2018 o projeto, que é coordenado pelas biólogas Cecília Licarião e Ariane Gouvêa, realiza atividades direcionadas ao público com o intuito de despertar o interesse e curiosidade pelas aves da ilha. Palestras, cursos de capacitação para guias locais, atividades de observação de aves (Vem Passarinhar em Noronha), atividades lúdicas com crianças (Ciranda do passarinho) e elaboração e distribuição de material de incentivo a observação de aves (miniguia de aves de Noronha), são algumas das atividades desenvolvidas ao longo do projeto.

Apesar do pouco tempo de vida, o projeto já alçou bons voos. Milhares de pessoas já tiveram a oportunidade de conhecer mais profundamente sobre as aves do arquipélago e compreender a importância desses seres emplumados para Noronha. Além de educação ambiental, os pesquisadores dão suporte nas atividades de monitoramento das aves marinhas e disseminam as sementes da ciência cidadã. Já é possível ver os resultados nas plataformas do eBird e Wikiaves, que após o início do projeto já aumentou em mais de 50% o número de dados referentes as aves de Noronha, inclusive com novos registros.

Quer saber mais ou solicitar o miniguia em pdf pro celular? Acompanha a gente no @endemicasfn.

Texto: Equipe do Projeto Aves de Noronha